
Ainda há menos de uma semana nos apresentaram Luís Filipe Vieira como o novo D. João IV que teria promovido a antecipação das eleições apenas para impedir a iminente tomada do Benfica pelos espanhóis.
Hoje assistimos à assinatura de um contrato que vincula o Sport Lisboa e Benfica por 12 anos, doze anos, com uma cervejeira inglesa. Convém salientar que doze anos equivalem a quatro mandatos presidenciais.
Por muito interessantes que os números envolvidos possam parecer, qual é a legitimidade da actual direcção do SLB para, a uma semana da eleição dos órgãos sociais do SLB, assinar um contrato a 12 anos com a esta relevância?
Não são estes os mesmo senhores que se andam sempre a queixar, e bem, de contratos que vinculam o SLB a longo prazo?
Por uma questão de decoro mínimo, convinha que a Direcção prestasse alguns esclarecimentos sobre este contrato, nomeadamente:
- No que ao equipamento da equipa de futebol diz respeito, a Sagres é o patrocinador secundário, substituindo apenas o BES, ou irá futuramente ocupar igualmente o espaço actualmente preenchido pelas empresas do Grupo PT?
- O contrato atribui ao SLB alguns direitos de renegociação das condições contratuais caso as condições de mercado assim o devam ditar (nomeadamente se alguns outro clube português assinar um contrato similar com condições mais favoráveis)?
- Qual o montante efectivamente envolvido (inicialmente falou-se em quatro milhões por ano durante 10 anos, para na apresentação se falar num montante superior a 2 milhões durante 12 anos)?
- Como será pago o montante acordado? De forma faseada ou à cabeça?
Por muito que nos queiram fazer crer que a situação financeira do SLB respira saúde, a assinatura de contratos com estas características apenas se pode justificar com uma necessidade absoluta de antecipação de receitas.
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