quarta-feira, 29 de abril de 2009

Corrupção


Primeiro que tudo, agradeço o convite que me foi feito e prometo que sempre que aqui escrever serei fiel à forma como sinto e vivo o Sport Lisboa e Benfica. É a minha forma.
E pronto, começo então por escrever sobre....a Corrupção existente no futebol português.
Assunto que por norma não gosto de debater, pois vejo-o, hoje em dia, de uma forma algo diferente da maioria dos benfiquistas. E é sobre essa forma que vou escrever.
É demasiado óbvio que existe corrupção no futebol português, seja ao nível das arbitragens, seja ao nível dos dirigentes que estão à frente dos organismos que tutelam o futebol, seja ao nível dos órgãos de comunicação social.....bem, seja ao nível de tudo e mais alguma coisa. E a corrupção também tem um rosto bem visível, Pinto da Costa e o FC Porto. Hoje em dia é uma corrupção mais refinada que aquela que existia à alguns anos atrás, mas continua com o mesmo objectivo. Favorecer o FC Porto e prejudicar o Benfica.
Assente isto, passo à forma como discuto a corrupção quando toca ao Benfica. Encaro este assunto tal qual encaro todos os outros que dizem respeito ao Benfica. Encaro-o no sentido de como vencer o Benfica esta batalha. Como ultrapassar este problema. Não o encaro como a maioria dos benfiquistas sempre, hoje ainda mais, o encararam. O Benfica e os benfiquistas sempre encararam este problema como uma desculpa para os desaires, hoje ainda mais, fruto de um discurso presidencial demasiado populista e desresponsabilizador.
Para mim, ao longo de todos estes anos, trata-se de uma questão de prioridades. Para mim, só um Benfica forte, competente, digno da sua história conseguirá ultrapassar este obstáculo. E para mal dos nossos pecados, o Benfica destes longos anos não tem sido nada disto.
Fazer o quê então? Baixar os braços, desculpabilizarmos-nos com arbitragens, com castigos, com a comunicação social e demais tretas? Onde é que isto nos leva? Eu respondo......a lado nenhum, que não seja a derrota!
De que nos serve a nós emitir comunicados, fazer conferências de imprensa, fazer discursos populistas em casas do Benfica, se depois, acções....nada? De que nos serve a nós emitir comunicados por noticias falsas, se depois não tomamos acções concretas contra quem nos atinge? De que nos serve a nós andarmos agora a queixarmos-nos do Setúbal, quando já à muitos anos sabemos o que a casa gasta e mesmo assim passamos a vida a ajudá-los? De que nos serve dizermos que somos o maior clube português e que o futebol em Portugal sem nós perdia muito, se depois não tomamos acções concretas? Acções que fizessem certos clubes pensarem como se deveriam posicionar? De que nos serve a nós pugnar pela justiça, quando apoiamos corruptos a serem eleitos para cargos na hierarquia do futebol?
Deveremos, todos nós, lutar por um Benfica competente, um Benfica que não utilize a corrupção como desculpa para tudo e mais alguma coisa, um Benfica vencedor. Um Benfica que desta forma possa lutar com armas e não com palavras contra esta corrupção.
Somos a Raça, a Força e o Querer, Benfica Vencer, Vencer!!!

Uma grande contratação

Caros amigos.

Há bastante tempo que discuto o Benfica com o meu amigo Ednilson. Sempre achei que ele tinha ideias bastante claras sobre o que é um Benfica a sério, um Benfica que deveria saber utilizar os ensinamentos da sua História Gloriosa para poder crescer mais forte para o futuro.

Hoje tenho o prazer de o ver a juntar-se a este projecto.

Meu caro, vai ser um prazer poder ler as tuas opiniões nesta tua casa.

Bons posts, um abraço...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Há decisões felizes


Vários Benfiquistas (e também sportinguistas) se recordarão do momento retratado na foto, em que ao intervalo de um Sporting-Benfica disputado na Primavera de 1994, o treinador do Sporting na altura, Carlos Queiroz, confrontado com o resultado nessa altura de 3-2 favorável ao Benfica, resolveu tirar o seu defesa esquerdo, Paulo Torres, e fazer entrar Pacheco, extremo esquerdo, de certeza para tentar dar um pendor mais atacante a esse flanco, e assim tentar dar a volta ao resultado.
Eu estou seguro que ainda hoje o Vitor Paneira olhará com ternura para esta decisão, pois permitiu-lhe fazer uma 2ª parte de sonho e criar mais 3 golos que permitiram ao Benfica ganhar o jogo por 6-3 e assim garantir a conquista do campeonato.
Mostrava assim Carlos Queiroz que não é de agora este talento que ele tem de tomar a decisão certa na altura certa.
Ontem recordei-me desta decisão, a propósito do actual treinador do Vitória de Setubal, Carlos Cardoso.
É sabido que este clube tem passado por graves dificuldades financeiras (tem vários meses de salários em atraso), e que este ano se juntam a graves dificuldades desportivas, correndo sérios riscos de descer de divisão.
Eis que o bom do Cardoso tem aproveitado todas as conferências de imprensa para apelar a todos os Vitorianos e Setubalenses para ajudar o "nosso querido Vitória". É um discurso enternecedor.
Ontem, aos 57 minutos o Vitória de Setúbal estava empatado 0-0 no Estádio do Dragão, resultado que podia dar ao clube algum alento para o que resta de campeonato, e o nosso amigo Cardoso resolve então que está na hora de tirar Bruno Gama e Leandro Lima do campo. Ora, por coincidência estes 2 estavam a ser os melhores jogadores do Vitória no jogo, e tinham andado a fazer a cabeça em água á defesa do Porto. Ora, viu-se logo como esta foi uma decisão feliz, pois o Porto começou então a comandar tranquilamente o jogo, e 5 minutos depois estava a marcar o 1º golo do jogo.
Que grande galo ó Cardoso!!! É que é preciso ter mesmo azar!!!
E pensar que veio o Carlos Cardoso substituir no comando da equipa o Daúto Faquirá, que há
poucos dias numa entrevista acerca de Cissokho dizia que não o surpreendia a carreira que ele estava a fazer no Porto, até porque (e aqui vou deixar o Daúto falar porque o fará muito melhor que eu): "Sinto orgulho por o ter lançado. Nos relatórios que fazia para o FC Porto sempre escrevi que tinha todas as qualidades para singrar ao mais alto nível".
Obrigado Daúto, és grande.
E é esta a saga dos 2 últimos treinadores deste grande clube que um dia vendo o seu estádio interditado em vésperas de um jogo em casa com o Benfica resolve agendar o mesmo para o Estádio das Antas. E depois venham cá falar do jogo Estoril-Benfica da época 2004/05.
Força Setúbal, que é de gente como tu que o futebol Português mais precisa.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Será que a Cofina anda a gozar connosco???

Correio da Manhã: Vieira culpa Rui Costa por insucesso

Record: Técnico Guy Lacombe apontado ás águias

Record: Quique fica



Estes 2 jornais têm uma coisa em comum. Os 3 pertencem ao mesmo grupo económico, a Cofina, detido em boa parte pelo Engº Paulo Fernandes, pelo qual tenho todo o respeito.



Estes 2 jornais já há algum tempo que diariamente saem com uma notícia relativa ao Benfica que depois vai-se a ver ou não era bem assim, ou não é verdade, ou até é ao contrário. A única coisa que cada uma dessas manchetes têm em comum é que apontam algo de negativo sobre o Benfica.



Se o Record já há alguns anos que prima por publicar algumas notícias algo disparatas sobre o Benfica, nos últimos tempos esse tipo de manchete têm-se acentuado, já o Correio da Manhã (pelo menos que eu tenha reparado) só nos últimos tempos tem começado a publicar este tipo de historietas.



Interrogo-me sobre o interesse que 2 jornais pertencentes ao mesmo grupo económico possam ter na publicação deste tipo de notícias.



Custa-me a engolir a história do João Gabriel que diz que Paulo Fernandes tem interesse em candidatar-se á Presidência do Clube, mas lá que tudo isto é estranho, é.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Será Rui Costa o homem certo no lugar certo?

Recentemente tenho visto Benfiquistas nalguns fórums e blogs a interrogarem-se sobre se Rui Costa não terá sido um erro de casting ao ter sido nomeado Director Desportivo do Benfica.

Ora, se achavam que o Rui Costa na primeira época em que deixa de ser jogador de futebol (que foi o que ele fez toda a vida) chegava para ocupar um cargo que estava vazio desde que José Veiga saiu, num clube sem politica desportiva definida, e começava a limpar os títulos todos é porque são algo ingénuos. É natural que o Rui precise de tempo para poder aprender o necessário para desempenhar o cargo com eficácia e para poder implementar todas as ideias que ele tem para o Departamento de Futebol.

Na minha óptica há 5 qualidades que são desejáveis que o nosso director desportivo tenha.

1. Conhecimento de futebol, nomeadamente em termos de organização do clube
É para mim indiscutível que Rui Costa sabe muitissimo de futebol. Primeiro, teve oportunidade de crescer dentro do Benfica, numa altura em que o Benfica ganhava. Posteriormente, passou 12 anos em Itália onde teve oportunidade de conviver com grandes gestores de futebol, nomeadamente durante o tempo em que representou o AC Milan, um dos melhores exemplos de organização de um clube a nível Mundial.

2. Saber seleccionar e gerir recursos humanos
O Director Desportivo é sobretudo um gestor, se bem que é um gestor de uma entidade muito específica. Terá que saber identificar primeiro um líder para a sua equipa de futebol (o treinador) e em conjunto com este identificar quais os jogadores que deverão compor o plantel. Posteriormente deverá ser eficaz na protecção e apoio que dá á estrutura que entretanto selecionou e deverá providenciar todas as condições para que essa estrutura consiga os resultados desejados. É discutivel se o Rui terá seleccionado com sucesso o seu primeiro treinador, dado que eu pessoalmente estou bastante desencantado com o trabalho de Quique Flores nesta sua primeira época. Até porque na escolha do plantel, é a minha opinião que este é o melhor plantel do clube desde 1995, logo creio que Quique deveria ter conseguido melhores resultados. No entanto, e caso Quique Flores se mantenha no clube como tudo indica que venha a contecer, prefiro esperar para ver se no seu segundo ano ao serviço do clube este treinador mostre que aprendeu algo neste seu primeiro ano de futebol Português.

Em meu entender Rui Costa foi insuperável no apoio que deu á equipa técnica e ao plantel para que estes conseguissem atingir os objectivos do clube.

Assim, que neste ponto talvez Rui Costa tivesse apenas falhado na contratação do treinador tendo feito bom trabalho nas restantes vertentes deste ponto. No entanto será melhor fazer o balanço completo no fim do reinado de Quique.

3. Saber movimentar no mercado de transferências
Creio que Rui Costa sabe fazê-lo e que o prestígio e credibilidade de que goza junto do Mundo do Futebol são garante de que ele possui esta qualidade. A melhor prova disso foi que o Benfica este ano conseguiu atrair jogadores que há 18 meses atrás nem nossos sonhos pensaríamos que fosse possível ter no Benfica. Exemplos: Aimar, Reyes ou Suazo.

Não esquecendo que por exemplo Yebda já disse que tinha ofertas economicamente melhores de equipas de campeonatos mais competitivos, mas que Rui Costa foi determinante na sua decisão de ter optado pelo Benfica.

4. Ter uma certa ratice
Esta é uma caracteristica que será exclusiva do futebol português. Em Inglaterra talvez ela seja dispensável, dado que tudo é feito de uma forma transparente e profissional, mas infelizmente todos sabemos do que é que a casa gasta na nossa Liga. São as jogadas de bastidores, são as entrevistas á Paulo Bento a disparatar contra a arbitragem de forma excessiva e sem qualquer razão, são as idas ao Calor da Noite.

Pela sua educação, desportivismo e temperamento é óbvio que Rui Costa não terá pachorra para estas coisas, que contadas no estrangeiro toda a gente pensa que são dignas de um país de doidos.

Mas infelizmente este é mesmo um país de doidos.

Aqui Rui terá algo que aprender, se bem que não quero vê-lo a chegar aos extremos praticados por pessoas perfeitamente identificados por todos que só mesmo os juízes do Tribunal de Gaia é que não vêm.

No entanto, quando vejo Quique Flores a dizer que não quer saber de árbitros, quer é trabalhar para não depender de árbitros, estamo-nos a por a jeito para depois termos arbitragens como as que tivémos nos jogos com Nacional, FC Porto, Belenenses, Académica, etc. Talvez aí o Rui devesse fazer ver a Quique que isto não é Espanha e que aqui é necessária uma certa manha para lidar com esses temas.

5. Ser Benfiquista
Há quem defenda que este ponto é de menos importência, e que o que interessa é ter bons profissionais independentemente do clube da sua simpatia.

Eu discordo.

Um profissional não Benfiquista que esteja cá 2 ou 3 anos não tem incentivo nenhum para gerir o clube numa óptica de sucesso a longo prazo. O que lhe dá jeito é estoirar todo o dinheiro de forma megalómana para ganhar tudo nesses 2 ou 3 anos, deixando o clube depauperado para o futuro, de forma a poder dizer que ele é que era o maior e que quem lhe sucedeu não percebia nada de nada.

Só um Benfiquista é que pode estar interessado em ver o Benfica a ganhar não só nos próximos 2 ou 3 anos, mas sim nos próximos 20 e 30 anos.

E quanto a Rui Costa, é óbvio que não me vou por aqui a insultá-lo discutindo se ele é ou não Benfiquista. É pelo menos tão Benfiquista como eu, e isso basta-me.

Assim, e em jeito de conclusão, é óbvio que Rui Costa tem que ficar no Clube, e em minha opinião deve ficar á parte de toda a discussão eleitoral que aí vem.

Para mim toda e qualquer discussão entre candidatos á Presidência nas eleições de Outubro deve começar por uma clarificação que ganhe quem ganhar o homem para o futebol do Benfica é Rui Costa.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

À Benfica


À 25ª Jornada, a primeira exibição verdadeiramente à Benfica da temporada. Domínio absoluto do primeiro ao último minuto, sem intenção de abrandamento independentemente do número de golos que fossem entrando.




Quando soube da promessa de vitória nos últimos 6 jogos confesso que temi o pior, tantas e tantas vezes se tem verificado uma enorme dissonância entre as palavras e as acções de todos aqueles que têm responsabilidades no nosso futebol.

O potencial pelos vistos está lá, mas só se revelou quando já nada há para ganhar. É preciso saber lidar com a pressão, sem desculpas.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Por este caminho, em 2012 já nem a UEFA Conta…

Não creio que existam grandes divergências de opinião sobre aquilo que todos os benfiquistas consideram que deve ser o Benfica, e mesmo sobre aquilo que precisa de ser feito para que o Benfica seja aquilo que todos queremos que seja também não existem grandes variações.

Se formos comparar os programas eleitorais dos diversos candidatos que se apresentam a uma mesma eleição, as diferenças relevantes serão certamente mínimas. Isto é valido para eleições passadas, como será certamente válido para eleições futuras. Num clube como o Benfica, nos dias de hoje, as diferenças estruturais de visão, a existirem, poderão resumir-se apenas à forma de organização societária (o que pertence directamente ao Clube e aquilo que se encontra dispersos pelas diversas sociedade dos universo Benfica, nomeadamente a SAD ou a Benfica Multimédia) e, eventualmente, ao maior ou menor peso que se possa dedicar às modalidades ditas amadoras.

"Um clube capaz de vencer todas as provas
Um clube como o Benfica tem a ambição de vencer. É este o desígnio a que todos os benfiquistas aspiram. Se as vitórias que desejamos e merecemos não foram alcançadas ainda é porque a recuperação financeira do Clube e da SAD foi prioritária e tendo sido conseguida é, hoje, pressuposto para que tal volte a acontecer. Continuaremos a trabalhar nesse sentido.

Voltar a ser grande na Europa do futebol, sendo o primeiro em Portugal

Nos estatutos do Benfica, a redacção do Artigo 2º é clara: “O Sport Lisboa e Benfica tem por finalidade principal o fomento e a prática do futebol nas suas diferentes categorias e escalões”. É inquestionável que o Benfica é essencialmente um Clube de futebol, em torno do qual gira toda a actividade da Instituição. O futebol nos últimos anos deixou de ser nacional para ser crescentemente europeu. É esta tendência que teremos de acompanhar: voltarmos a ser os primeiros em Portugal e a marcar presença, obrigatória, na Europa do futebol.

Queremos um Benfica que possa garantir a sua presença na Liga dos Campeões nas próximas três temporadas. O regresso este ano às competições europeias após dois penosos anos de ausência, para além de dever ser saudado, deve ser encarado como o começo deste Benfica Europeu que todos ambicionamos. Sem o folclore das promessas eleitorais, é esta a nossa ambição para o futebol profissional."

As palavras anteriores não são minhas, são as palavras de abertura do Programa de Candidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Sport Lisboa e Benfica para o triénio 2003-2006. Como referi no início não creio que existam grandes divergências de opinião sobre o que deve ser o Benfica, um clube, que embora eclético se encontra essencialmente vocacionado para o fomento e a prática do futebol, que se quer o primeiro em Portugal e uma referência na Europa.

Se dermos continuidade à leitura do Programa de Candidatura, nas suas partes subsequentes virado para a forma como tornar o Benfica naquilo que todos desejamos, é também difícil encontrar pontos onde não nos revejamos.

Chegados aqui, não podemos, no entanto, deixar de constatar que, 6 anos volvidos, o nosso Benfica está longe, muito longe, de ser aquilo que todos desejamos. Mais grave, muitos milhões depois, e após se verificar, em 2004 e 2005, uma certa convergência para o objectivo (recordemos, um clube, que embora eclético se encontra essencialmente vocacionado para o fomento e a prática do futebol, que se quer o primeiro em Portugal e uma referência na Europa), está hoje pior do que estava há 6 anos atrás (3º; 3º; 4º; 3º (?)).

O que falhou então, uma vez que, como referia em 2003 Luís Filipe Vieira, a recuperação financeira do clube, que impediu as vitórias no mandado de Manuel Vilarinho, estava já conseguida nessa data?

Haverá certamente diversas razões e será a ponderação dessas razões que nos levará, em Outubro, a optar por qualquer uma das diversas alternativas que então se nos coloquem para a liderança do nosso Glorioso clube.

Pessoalmente considero relevante assumir desde já uma aversão à pessoa do actual presidente do Sport Lisboa e Benfica porque, na minha balança de razões para o fracasso, embora estejam bem ponderados factores externos, pesam mais os factores internos: a demagogia, a desorganização, a constante necessidade de afirmação de egos pessoais, a instabilidade (não obstante a tão propalada estabilidade), a incoerência, resumindo, a falta de liderança e de rumo que, para não irmos mais longe podem, pode ser ilustrada pela conclusão da conferência de imprensa de ontem:

"Houve uma altura em que o Benfica só tinha as pedras da calçada para passear – se calhar, hipotecadas – e fez um estádio novo. Qual é o problema de se fazer uma equipa? A equipa já está criada. Para a estratégia do Benfica [a Liga dos Campeões], não conta."

terça-feira, 14 de abril de 2009

Siga a marinha!!!

Então dou eu o início ás hostilidades neste espaço onde se pretende trocar ideias com todos os Benfiquistas sobre aquilo que entendemos que devia ser o rumo para o nosso clube.

Eu começo por dar a minha opinião relativamente ao rumo actual do Benfica e á sua Direcção.

Recebi a notícia de entrada de Luís Filipe Vieira no Benfica, pela mão de Manuel Vilarinho em quem tinha votado, com muita desconfiança, dado o seu passado de amigo de Pinto da Costa e as negociatas que ele tinha feito com o FC Porto. A verdade é que nos primeiros tempos de Vieira no clube até apreciei o trabalho que ele fez de credibilização e organização do clube e da sua equipa de futebol. Apesar de apreciar o trabalho feito no estádio e no centro de estágio isso para mim é completamente secundário quando estou a avaliar a performance de uma Direcção do Benfica. Neste clube exige-se antes de tudo títulos, e títulos a sério. O Benfica tem que lutar sempre para ser campeão.

E campeão foi o Benfica na época 1994/95. A partir daí, na minha óptica, foi sempre a descer em termos de política desportiva.

Se até aí viamos contratações com critério, nomeadamente os jogadores que vieram do Braga (Quim, R Rocha, Tiago e Armando), Geovani ou Luisão (mantenho de fora o pacote Alverca que ainda hoje não consigo explicar), a partir daí foi uma enxurrada de jogadores da categoria de um Sretenovic, um Marcel, ou um Balboa entre outros artistas, sendo um Katsouranis ou um Karagounis (entre alguns outros, mas poucos) pequenas gotas de talento no oceano de dinheiro deitado á rua. É curioso ver que as contratações do Benfica quando gastava pouco dinheiro saíram sempre muito melhores do que quando o Benfica passou a gastar dinheiro á séria no mercado de transferências.

Em termos de treinadores é também o que se viu, sendo que quem se aguentou mais que uma época no lugar foi Fernando Santos, que se aguentou uma época mais um jogo. Ridículo.

Na minha opinião, e até á entrada de Rui Costa como Director Desportivo, o futebol do Benfica foi gerido da mesma forma que se gere uma mercearia, com navegação á vista, sem um rumo bem definido.

Assim, e para terminar este post que já vai longo, entendo que apesar de reconhecer mérito a LF Vieira na recuperação da credibilidade do clube e na dinamização empresarial do Benfica, entendo que devido á má estratégia do futebol do Benfica nos anos pós-título, e nos consequentes péssimos resultados em termos de classificação, LF Vieira não deverá continuar como Presidente do clube após Outubro e como tal não terá o meu voto.

Deixo ainda claro que não acredito em golpes de estado (já nos chegam os Golpes de Estádio) e que como tal, o que espero é que apareçam candidatos credíveis ás eleições de Outubro, que apresentem bons projectos para o clube e que os expliquem convenientemente aos sócios. O que não precisamos é de mais para-quedistas chegados não se sabe muito bem de onde a dizer que caso sejam eleitos presidentes que trazem o Ronaldinho ou o Kaká para o clube, só quero dar ouvidos a gente séria....